sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Quarta Angústia

Eu não sei como começo
Estou remoendo algo bonito para escrever
Ao menos uma estrofe onde os versos rimem...
Mas não consigo
As palavaras não saem
Não sofrimento nem felicidade suficiente para um poema de amor.
Olho para o lado e não vejo Marisa Monte
Apenas o branco de uma cerca
E o vazio de uma quadra de tenis que reflete a mim
Como o rio que matou Naiá
Por desejar a lua que nunca poderia ter.
Sinto a necessidade de escrever sobre o mesmo assunto
das horas passadas
das angústias vividas
dos morangos...
Mas essa nostalgia me chama
teima em me levantar desse chão frio
Me levar ao caminho certo que não quero seguir.
Não há jogadores, nem raquetes
Não juízes e nem pontos
Não há amarelo suficiente... Não há você.
Levanto e espero qualquer coisa
O vento trás seu cheiro
e minhas lembranças.
Tento fugir, remoer ou ao menos ficar no chão
Mas sinto a esperança de dar certo.
Não a convicção... A esperança.
Cadê você, Marisa Monte?
Cade você...
Wanderson Lana

Um comentário:

Darci Junior disse...

Olha porque ainda não publicou um livro?

Essa é de machucar a alma!!

Maravilhosoo!!