

Sim, é pra você este poema.
Preguiçoso e desdenhoso, talvez nem leia
E continue a se espreguiçar,
Arranhar o sofá da sala,
Banhar-se de si mesmo
E adormecer tranquilo.
Não, não há pesar em você;
Nem pelo sofá, nem... Deixa... Nem pelo sofá.
Carrega na mente só o despertar e mais nada.
Ontem afastei o prato, o leite pareceu do cachorro.
Tímido esforço de revolta contra você que... Nem ligou;
Não ligou, roçou minhas pernas;
Não ligou, bebeu o leite;
Não ligou, adormeceu no sofá.
Quero dizer que não gosto do seu jeito desdenhoso,
E, também, para que não estrague o sofá
E... Deixa! Deixo...
Só não estrague o sofá.
Wanderson Lana.
20/07/2010