sábado, 17 de abril de 2010

Independência



É sete... Independência,

E meu peito inda cativo,

Mole, desgostoso.

Perdido nas situações que escolhe

Ou errado no amor ao que se permitiu ceder.


A independência não existe aqui,

Cada dia feliz ganha uma noite a ser esquecida.

E cada pequena falha, faz a mente repensar uma vida inteira,

onde não houve erro algum ou falha que justificasse repensar a vida.


Desgosto as cores como se realmente fosse capaz de identificá-las.

E por ser tão simples odiar, em meu corpo se torna epidemia,

Depois das cores vêm minhas mãos, meus olhos, meu jeito...

Atinge qualidades das quais me orgulho,

Atingem o melhor de mim.

Cativo, deixo...

Presa que se permite presa.

No fim das coisas que contam, sou só vazio.


E vago vazio como se esse realmente fosse eu.

Viro as coisas que meu peito erra,

Então me permito a dor

Porque dói!

Mesmo o peito vazio, dói...


-Preciso encontrar outro amor!

-Preciso amar quem me ame também!

Prometo a mim mesmo como em oração.

Depois que esse amor morrer em mim,

O outro me permitirá viver.



Wanderson Lana
07/09/2009

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sussurre para não acordar



Está ali
Chegou há pouco
Silêncio... pois agora descansa.
Não canta
Não voa
Esquece a sede
Confronta a fome
e dorme...
Aquele que lutou contra o vento achou um ninho
e no silêncio dorme.
A asa ferida
A rouquidão
O fracasso...
Deixou a mente vazia pra não lembrar.
Silencio!...
Ele dorme
Achou um ninho frágil que protege...
E dorme,
repousa,
depois de tanto tempo...
Há pouco cantou sua dor
Todo o mundo ouviu
Só um alguém que não
Quem importava não ouviu.
Silêncio, agora chega!
Deixa assim
quieto,
Não lembra não
está tão cansado...
Voou contra o vento
Não foi ouvido.
Calado e sem forças,
queria não chegar...
Agora está bem,
Agora descansa
Silêncio...
Silêncio...
Está com a mente vazia
Já vai sonhar.
Silêncio!
Já vai sonhar...



Wanderson Lana
04/04/2010