Duas mãos unidas e de sentimentos desiguais
Uma passeia e afaga
Outra segura e desdenha.
Duas mãos...
Uma só.
Juntas se fazem lindas
Separadas são lindas também
Quando solta, uma triste, procura
A outra, livre, se sente bem.
A pequena é a mão mais forte
Não se envolve e em breve dirá adeus
A pequena é forte
E externa os detalhes rústicos
Quando vai tocar.
Na noite que se encontraram
Uma mão sentiu que não quis
A outra de amor, traiu-se
Sem o mínimo final feliz.
A maior é a mão mais frágil
Precisa soltar, mas se ilude ao unir
A maior é frágil
E com toques suaves tenta conquistar...
A mão que nunca será sua.
São duas mãos tão unidas
E de sentimentos desiguais
A mão forte que não se importa
Wanderson Lana
28/03/2010