terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desisti de Você




Desisti de você

E não há nada capaz de compensar essa ausência da dor


Antes, não me vestia de alegria

Nem eram suaves as manhãs

As quinas e cantos padeciam com o sal das minhas lágrimas

Como a faltar de ar que sua ausência causava.


Ah...


“Há flores agora, não há?”

Tento dizer isso a mim numa constante quase doentia

Rasgando em vísceras todas as lembranças

Tentando não deixar nenhuma

A menor que seja

“Há flores agora, não há?

Imponho de maneira quase doentia.

Eu sei, eu sei...


Desisti...

E os sentimentos vasculham em meu peito o vazio

Encontram um silêncio que deseja falar, agonizante em sua triste condição

Dizer que decidi morrer a padecer

Tolo que sou em fugir da angústia por causa de flores que só enfeitam as manhãs

Tolo ao preferir a morte de você em mim

Recusando o prazer da agonia, da angústia e da dor a dilacerar o peito que sobrevivia

Sobrevivia...

Vivia.


Havia vida em mim

Agonizante, mas era vida



Wanderson Lana

Relógio




Falta pouco

Olho pro relógio e não encontro possibilidades

Não vá!

Quero dizer de novo

Cansar com os meus lamentos sua vida cansada da minha presença.



Se eu pudesse fazer o tempo voltar

Tomar os momentos que te fiz me ver por completo

Não ser eu mesmo para sentir o amor

Só não sendo eu poderei ter amor.



Estou ouvindo... Sua boca

Ressaltando minhas qualidades

Enquanto penso nos defeitos e deixo suar minhas mãos

Olhando esse relógio que não volta!



Não estou pronto pra perder.



Não digo nada

Sou a figura frágil parecendo não se importar.



Então dou as costas

Aceito!

Isso nos fere e não há nada mais que possa ser feito.

Eu te amo!

Digo isso a mim no mais intimo dos sentimentos... Digo a mim



Estou de costas e você partindo.



Eu te amo!

Não vai, Prometo... Por favor...

Digo a mim

Só a mim e então me calo

Acabou.



Wanderson Lana


Essa poesia é muito especial, escrevi com um sentimento que há muito não me habitava.


Pós-Angústia



Queria te beijar ontem e nem é amanhã ainda

Estou aqui no hoje sem arrependimento

Não pensava que daria certo

As coisas em meu peito só se permitem aumentar... Então aumente e eu suporto

Sim, quero sofrer de amor de novo

Sentir-me vivo, me escute, vivo.



E nessa madrugada de hoje, nessa madrugada em que meu lábio pede um beijo

Tento rir sem gargalhar

Furtar dos olhos alheios a felicidade

A marca do sorriso imaculado na face

O andar embriagado de quem bebeu vinho e um tolo amor.



Queria te beijar ontem e nem é amanhã ainda

Que falta me faz você que acabou de entrar na minha vida.



Wanderson Lana