
Ás vezes navego sozinho, triste
por águas que nem mesmo conheço
eu não ligo e me entrego por completo...
é nessas horas que meu corpo dói e eu pereço
Jogo minha âncora e ela logo afunda
Prendendo minha vida onde não quero estar
Olho para bússola e não vejo o norte
Mesmo na proa, estou no fundo do mar
Nessa hora é que eu nado. Muitas vezes não
Desisto fácil, já cansei de perder
E as águas me expulsam e me puxam de volta
Mesmo morto, já não consigo morrer
E assim navego, há tanto tempo...
Em um barco fraco, em minha própria vida
Onde quer que eu pare, eu não me conheço
Toda vez que acordo, há uma nova ferida.
Wanderson Lana.